Crítica: Pixels


segunda-feira, 28 de setembro de 2015



Fiquei com muita dúvida quanto a postar minha crítica de Pixels, pois é bastante óbvio o que se pode esperar de um filme com Adam Sandler em que alienígenas em formato de vilões do videogame invadem a terra (repito, com o Adam Sandler). Agora que o filme já está quase saindo de cartaz na maioria dos cinemas e não há grandes riscos dos leitores do blog o assistirem, me sinto mais segura em expor minha opinião sobre um filme que, no máximo, pode ser visto em um dia chuvoso na Sessão da Tarde.



Em 1982, Brenner se descobre com tanto tanto talento para jogos que até mesmo se inscreve no campeonato mundial, mas é derrotado em Donkey Kong por Eddie e, desde então, nunca mais jogou. O tempo passa, seu melhor amigo vira presidente dos EUA e Brenner (Adam Sandler) é apenas um adulto imaturo que não vê nenhuma motivação no seu trabalho, mas tudo muda quando alienígenas invadem a terra assumindo as formas de personagens de videogames. Os militares não são páreos para os Space Invaders, e é aí que Brenner, seu amigo Ludlow (Josh Gad) e a Tenente Coronel Violent (Michelle Monagha) se unem ao antigo rival Eddie (Peter Dinklage) para "jogar" contra os alienígenas e salvar a humanidade.



Como era de se esperar, Pixels está cheio de referências aos games de arcade e isso é um ponto positivo do filme, porque desperta a nostalgia e nos faz caçar vários easter eggs e ter vontade de jogar ali, com os personagens. Nesse ponto, é de se admitir que os efeitos são muito bons, misturando gráficos coerentes e bem feitos de videogame com a realidade, chamando atenção para a boa execução de pequenas coisas, como as peças de Tetris interagindo com os prédios. Claro, realidade é algo quase inexistente em Pixels: os personagens são caricatos (e, na verdade, apenas Eddie e Ludlow são realmente 'nerds'), alguns momentos são extremamente forçados e o filme ainda conta com várias situações clichês, manjadas e, muitas vezes, enfadonhas. É verdade que Pixels consegue nos arrancar algumas risadas, mas basicamente, o filme segue a linha de 'comédia pastelão' com piadas nerds.



Apesar do Adam Slander (me desculpem pela implicância, mas excetuando Click, a cada filme tenho mais certeza de que não gosto do ator), o elenco do filme é bom e tem o carisma ideal para segurar uma produção desse estilo, com destaque para Peter Dinklage, que mostra ser possível atuar tanto em papéis complexos como Tyrion quanto em personagens mais caricatos,como Eddie. Adam Sandler está no mesmo papel de sempre e seu par romântico é Michelle Monaghan, mas o casal tem química e protagoniza momentos engraçados. Os outros atores também cumprem as promessas do filme e Chris Columbus fez um bom trabalho, embora seja difícil de acreditar que o diretor de um filme como O Homem Bicentenário é o mesmo de um filme fraco como Pixels.



A verdade é que todos sabem que não se pode esperar muito de Pixels, visto que a trama é absurda e ainda por cima é um filme do Adam Sandler, com todas as características inerentes aos filmes protagonizados pelo autor. Quem gosta do estilo, entretanto, pode achar Pixels divertido e apreciará um filme que, apesar dos pesares, tem na representação dos games um certo charme e traz bons efeitos especiais.

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8 comentários

  1. Eu tinha vontade de ver Pixels no cinema, mas como não teve opiniões muito boas, acho que vou deixar pra quando tiver no Netflix.

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  2. Gente!! Mais uma pessoa que entende a implicância que eu tenho com o ator Adam Slander hahahah.. Não é nada,nada, nada contra ele. Até gostei da atuação do filme Como se fosse a primeira vez, mas os outros que ele faz não desce. Não sei dizer se é a atuação ou se é o papel.. A história sei lá.. rs

    Acredita que eu ainda não assisti esse filme, justamente por causa da birra? Medo de me decepcionar.

    Foi bem sincera a sua resenha <3

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  3. Gostei da sua resenha, sincera e apontando as coisas boas e ruins. Eu ainda não vi mas porque não chamou a atenção e não tive tempo. Acho que o Adam as vezes se torna chato e repetitivo. Há alguns filmes com ele que são muito legais, mas por causa da historia também, como a Clay citou Como se fosse a primeira vez e também Junto e Misturado é muito legal.
    Vou assistir esse pelos personagens dos games ;)
    Bjs

    http://achadosdamila.blogspot.com.br/

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  4. Olá...
    Eu ainda não vi o filme, pois na minha cidade não entrou em cartaz (interior é assim msm, rsrs), mas confesso que fiquei muito na expectativa de vê-lo. Quando vi o trailer logo pensei, uau, um filme nerd pra gente poder rolar de rir, mas de certo forma é até bom saber dos contras antes de ver o filme pra não chegar a hora e você leva um banho de água fria.
    Adorei a critica, e provavelmente verei assim q puder.

    Bjinhos
    ~Uma Geek Descolada

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  5. Eu ainda não assisti mas pelo trailler vi que seria aquela comédia forçada juntamente aos super efeitos!
    Tentaram ganhar a galera nerd mas estragaram tudo D:
    | A Bela, não a Fera |
    | FB Page A Bela, não a Fera|

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  6. Eu vi tanta gente falando "mal" desse filme que eu perdi a vontade de assistir. Já sou o tipo de pessoa que não assiste filmes de comédia, então se por acaso, eu estiver zapeando a tv e ele estiver passando, eu assista. Eu até gosto do Adam, minha "implicância" é com filmes de comédia em geral.

    Zona de Conspiração | Fanpage | Canal

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  7. Quase fui ver o filme nos cinemas, mas eu acabei não querendo assistir pois a sinopse não tinha me chamado a atenção e uma semana antes durante o filme dos Minions eu tinha visto o trailer que não tinha me chamado atenção.

    Dois Ursos

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  8. Eu acho que Adam Sandler fez lembrar dos jogos que nós amamos como crianças. Falar do Peter Dinklage significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. O mesmo aconteceu com esta produção, Game of Thrones 7, li que estreará nova temporada, para mim é um das grandes séries americanas.

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