Crítica: Inferno


terça-feira, 6 de dezembro de 2016



Depois dos bestsellers O Código da Vinci e Anjos e Demônios conquistarem milhares de telespectadores no cinema, chegou a vez do mais novo livro de Dan Brown ganhar sua adaptação: Inferno, na qual o protagonista deve desvendar mistérios envolvendo o Inferno de Dante para evitar a disseminação de uma praga mortal.



O filme começa com um delirante e amnésico Robert Langdon (Tom Hanks) acordando em um hospital de Florença, passando a ser perseguido por agentes misteriosos sem saber no que está envolvido. Com a ajuda da médica Sienna Brooks (Felicity Jones), o professor Langdon descobre ser uma peça importante para desvendar uma conspiração iniciada pelo cientista bilionário Bertrand Zobrist, que, para garantir o futuro da humanidade, almeja disseminar um vírus para dizimar metade da população atual. Assim, ao mesmo tempo que fogem dos seus perseguidores, os personagens correm contra o tempo para descobrir onde o vírus será disseminado e tentar impedi-lo, sendo guiados pela obra do poeta Dante Alighieri: Inferno.



Inferno tem um ritmo bem dinâmico e intercala cenas de perseguição com explicações acerca da obra de Dante Alighieri e dos belíssimos pontos turísticos que são presença constante nas obras de Dan Brown. Apesar de alguns criticarem o didatismo do Professor Langdon (dessa vez, acompanhado da inteligentíssima doutora Sienna Brooks), é sempre interessante descobrir as passagens secretas do Palazzio Vecchio, as obras de arte que homenageiam o Inferno de Dante e os diversos simbolismos que o professor investiga ao longo do filme, ambientado em Florença, Veneza e Istambul. No entanto, as cenas de ação são bastante comuns e a impressão que tudo - roteiro, atuações, direção, até mesmo a trilha sonora de Hans Zimmer - passa é que trata-se de um filme mediano, que não tenta inovar ou ir além do necessário.



Com atuações automáticas de Tom Hanks e Felicity Jones, o filme ser mediano foi uma escolha do roteiro, que modificou o final do livro e omitiu a real intenção do antagonista Bertrand Zobrist (Ben Foster), que no filme passa a impressão de ser apenas um vilão irracional com um plano maníaco. É claro que se trata de uma adaptação e devemos aprender a diferenciar filmes de livros, mas o encerramento proposto no filme ficou muito aquém ao final original, tirando o verdadeiro mérito da história. No entanto, deve ser elogiado o modo com que foi construído a narrativa, com flashbacks à medida que Robert Langdon recuperava sua memória. Mesmo as cenas finais foram bem feitas, uma pena que não era o final adequado.



Seguindo a mesma fórmula de Anjos e Demônios e O Código da Vinci, Inferno divide opiniões: alguns podem achar um tanto repetitivo, enquanto outros poderão apreciar uma nova aventura marcada por reviravoltas, cultura e belos cenários. Ainda que seja um filme interessante e um bom entretenimento, é evidente que há certo cansaço na franquia.

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12 comentários

  1. Poxa, eu gosto da franquia e quero ter a oportunidade de ver ♥
    Beijinhos ;*
    Blog Menina Caprichosa | Canal Youtube | Facebook | Insta

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    1. Se tu gosta da franquia, vai gostar desse filme, ele segue o mesmo estilo dos outros e achei a história muito boa <3

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  2. Eu ainda não vi o filme, mas é meu livro favorito de Dan Brown SEM DÚVIDAS <3 Eu sou apaixonada pela obra de Dante, tanto que já li e reli A Divida Comédia de tão incrível!

    Beijão,
    Quase Mineira

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    1. Eu não diria que é meu preferido porque gosto bem mais de Anjos e Demônios e depois de O Código da Vinci, ahsduia, mas diria que esse está no mesmo nível. Achei muito bom e também me interessei justamente pela ligação com Dante!

      Beijos

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  3. Eu não tive a chance de ler o livro, mas confesso que não gostei muito de O Código da Vinci, que li e assisti ao filme. Se segue a mesma linha, não sei se curtiria esse também.
    Parabéns pela crítica.

    Beijos
    http://orangelily.com.br/

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    1. Você não gostou do livro do Código da Vinci também? Poxa, achei a história tão legal! Mas tem muita gente que não gosta do Dan Brown mesmo, e esse livro segue exatamente a mesma linha hueiheuie. De qualquer forma, obrigada <3

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  4. No plano geral, me decepcionei imensamente com o livro e o filme. Mas, comparando os dois, cada um tem seus pontos positivos. Embora o livro fique meio clichê perto do desfecho, o final surpreende quem lê, além de explorar recursos da linguagem de forma que eu nunca vi em nenhum outro livro do autor. Agora, o que podemos dizer do filme? A fotografia é belíssima e algumas cenas são emblemáticas; mas, no geral, ele deixa muito a desejar. O enredo é feito dentro dos moldes hollywoodianos, o que define por si só a grande decepção que o filme se revelou para quem acompanha as adaptações baseadas nos livros do autor.
    Inferno, para mim, está longe de ser o melhor trabalho de Dan Brown. O enredo tem suas originalidades, mas não é tudo isso que o marketing fez parecer.
    Andressa Lima - Blog Primeira Página

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    1. Eu gostei bastante com o livro e achei o final muito superior, mas concordo com o que você disse sobre o filme. É realmente muito bonito ver lugares de Veneza, Florença, etc, mas o filme acabou ficando bem comum e, se a adaptação de O Código da Vinci já não foi tão boa, esse foi bem pior. Quanto aos trabalhos do Dan Brown no geral, a verdade é que já havia lido todos os livros e fiquei decepcionada com o lançamento de "O Símbolo Perdido" - esse sim, achei um trabalho bem inferior. Acho que essa experiência negativa com O Símbolo Perdido antes de ler Inferno fez com que eu aproveitasse mais a leitura, além da ambientação ser semelhante em O Código da Vinci e Anjos e Demônios, meus preferidos.

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  5. Eu não vi esse filme, comecei a ler o livro e parei no meio justamente pela sensação de "estar relendo os outros livros do autor"... ele segue um padrão, é sempre muito parecido :/
    Adorei a resenha! Beijos, chuchu!

    http://vacasmagras.com/

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    1. Eu acho muito parecido também, mas no caso eu gosto bastante do padrão do Dan Brown <3 Ahuasihdaui fazer o que XD Beijinhos, obrigada!

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  6. Sou apaixonada pelos livros do Brown e toda a temática que ele estuda e envolve com a ficção. O que não consigo gstar são as 'adaptações' que fazem em alguns detalhes dos filmes inspirados nas obras dele. Eu sei que são modificações necessárias para quem não leu o livro se sentir mais atraído mas né :~
    E só tenho a dize que não existiria outro ator além do TomHanks para ser o Langdon!
    A Bela, não a Fera blog | A Bela, não a Fera Youtube | Converse comigo no Twitter!

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    1. Eu sempre vejo as adaptações porque gosto muito de cinema e tem várias cenas que ficam ótimas nas telonas, além de obviamente ser mais fácil visualizar os cenários, que para mim são pontos altos. Mas acho as adaptações "ok", são bons filmes, mas não dá para comparar com os livros. E o Tom Hanks é um dos meus atores preferidos <3 Pena que nesse filme ele tá meio "no piloto automático", parece heiuheiu </3

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