Crítica: O Cavaleiro Solitário


sexta-feira, 13 de setembro de 2013



Normalmente, eu vejo um filme por uma indicação, por ter achado legal o trailer, por ter me interessado pela história e pelo que li a respeito, algo assim. Contra esse hábito, fui à estreia de O Cavaleiro Solitário unicamente por ser com (um dos meus atores preferidos) o Johnny Depp, iludida por um pôster e pela ideia de que o filme seria um Piratas do Caribe sem piratas. Enganei-me.



O Cavaleiro Solitário é um faroeste da Disney que conta as aventuras do personagem título ao lado do índio Tonto (Johnny Depp). Ambientado no Texas, em 1869, a história começa quando o advogado John Reid (Armie Hammer) retorna a sua cidade natal cheio de ideais de justiça querendo levar os criminosos ao tribunal, mas quando seu irmão e os outros Texas Rangers são brutalmente assassinados pelos capangas do bandido Butch Cavendish (William Fichtner), John Reid passa a lidar com a sede de vingança. Dessa emboscada que resultou na morte dos patrulheiros, John é encontrado por Tonto, que o ajuda e acompanha em suas aventuras após John ser escolhido por um cavalo branco(!), comprovando a crença que não pode ser mais morto. A partir daí, começa uma grande jornada, em que Reid busca salvar "sua" família, ajudar cativos, fazer justiça com as próprias mãos e assim, se torna o cavaleiro solitário.


O Cavaleiro Solitário é um filme com potencial para se destacar justamente por ser um filme de faroeste, o que além de se diferenciar das opções atuais no cinema, dá espaço para uma história interessante e bem desenvolvida. Realmente, apesar de vários momentos fracos, o filme faz uma tentativa de dar um caráter social ao mesmo tempo que é recheado de ação, então é legal refletir sobre o papel dos índios, o domínio dos brancos, questões de justiça e etc. O Cavaleiro Solitário também tem várias referências que os fãs de western provavelmente irão gostar. O problema é que os pontos bons são espalhados em longas horas, vemos Johnny Depp no exato mesmo personagem dos filmes mais recentes e tirando a temática (que não é exatamente novidade, só não está na moda), o filme não traz nada de novo, perdendo para muitos outros "filmes pipoca" por aí.

De fato, O Cavaleiro Solitário é levemente parecido com Piratas do Caribe. Aliás, tem semelhança com quase todos os recentes live actions da Disney: ação, aventura e várias cenas engraçadas. Eu realmente gosto dessa fórmula, mas o problema é que ela talvez não seja tão adequada para um filme de duas horas e meia. Funcionou em Piratas do Caribe? Sim. Mas O Cavaleiro Solitário possui uma narrativa mais lenta, momentos não tão épicos (ok, confesso que as sequências finais do filme são muuuuito boas) e piadas que arrancam apenas um leve riso. É verdade que as atuações estavam boas e não há como criticar o papel do Johnny Depp, mas a impressão que tive é que o ator simplesmente se deu conta que nunca havia feito um índio e resolveu participar do filme. Armie Hammer, esse sim estava bem no papel de cavaleiro solitário. Ah sim, obviamente, Helena Bonham Carter também está no elenco do filme.


Minha opinião sobre esse último filme é a mesma que tive sobre Sombras da Noite. O Cavaleiro Solitário é um filme divertido, mais longo que o necessário e que não causará arrependimentos a quem for assisti-lo, mas deve ser visto sem muito compromisso. Ideal para assistir com os amigos ou namorado(a) em uma tarde sem nada pra fazer, ainda que outros filmes semelhantes cumpram melhor o papel de entreter.

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