Resenha: O Apanhador no Campo de Centeio


terça-feira, 21 de abril de 2015

Incluso na lista dos 100 melhores livros da língua inglesa do século XX e certamente um dos livros mais influentes na cultura pop, 64 anos depois da sua publicação o controverso O Apanhador do Campo de Centeio continua sendo um dos livros mais populares entre os jovens e adultos, e finalmente tive a oportunidade de lê-lo.

resenha livro O Apanhador no Campo de Centeio
Título: O Apanhador no Campo de Centeio
Autor: J. D. Salinger
Editora: Editora do Autor
Páginas: 207 páginas
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A história de O Apanhador no Campo de Centeio não tem nada demais: é sobre um garoto de dezessete anos que foi novamente expulso da escola e, como não quer voltar para casa antes de os pais receberem a notícia, fica hospedado em uma espelunca em Nova York, indo de bar em bar, fumando e bebendo o tempo todo e pensando em encontrar pessoas queridas e tudo. Mas Holden Caulfied é um cara bonzinho, tipo, ele não é um delinquente nem nada, só está de saco cheio da vida. Ele até tenta algo com uma prostituta, mas acaba desistindo por não achar certo ou algo assim. Na real, ele só é um rapaz deslocado, meio invisível, e esse é o grande barato do livro, que acaba questionando sobre alienação, identidade, o papel na sociedade e tudo.

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Assim como essa resenha, o livro é narrado de maneira bem informal, porque é o Holden que conta a história pra gente, como se fossemos amigos. Naquele período que ele está meio pra baixo, ele acaba demonstrando como ele acha as outras pessoas fúteis, como ele acha um saco botar terno pra ir trabalhar e como ele fica triste pela morte do irmão. E no duro, ele usa gírias pra burro. Ele também usa muitas palavras de baixo calão e tudo, o que fez o livro ser censurado em vários países durante um tempo. Bem, ainda acho que a censura foi por causa do assassino do John Lennon, que pegou esse livro de inspiração por se identificar com o Holden e quis matar meu ídolo para preservar sua inocência ou ser notado. Sei lá o que se passou na cabeça desse louco.

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O Apanhador no Campo de Centeio não é lá uma história inspiradora, e sim decadente: Holden não tem amigos de verdade que o façam sentir infinito como nas Vantagens de Ser Invisível ou algo assim. Mas é impossível não simpatizar com Holden ou refletir pelo menos uma vez sobre aquela melancolia transpassando-a para nossa própria vida, entendendo a metáfora e a beleza de ser apenas um apanhador no campo de centeio, tal qual o desejo do personagem.

Agora só falta escolher entre o Ringo Starr e o Paul McCartney.

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3 comentários

  1. Amo esse livro, é um dos meus preferidos... Quero reler esse ano ainda. Estou para ler outro do autor, Franny and Zoey, já leu? :))

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  2. Terei de te dizer que: detestei esse livro.
    Triste, eu sei. Já tentei lê-lo várias vezes e sempre, sempre acabo com a mesma sensação: a de que o autor não se importava com a personagem e quis, apenas, romper parâmetros. Isso me deixa meio triste porque é uma história que tem tudo pra render, mas não rende. Ao menos, não pra mim. :x

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