Cirque du Soleil JOYÀ, na Riviera Maya


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Quando planejamos nossa viagem para Cancún, um dos fatores quase decisivos para nossa escolha foi descobrir que lá tem um espetáculo do famoso Cirque du Soleil. Isso mesmo! A famosa companhia de circo canadense, que conta com apenas dez shows em locais fixos, tem um espetáculo na Riviera Maya: JOYÁ, uma experiência fantástica do início ao fim.

Cirque du Soleil Cancún


O Espetáculo JOYÀ é o primeiro show residente do México (aliás, o primeiro show fixo na América Latina, e o primeiro show permanente fora dos Estados Unidos!) e o primeiro no mundo inteiro que combina o espetáculo circense com uma experiência gastronômica, pois alguns ingressos oferecem um jantar dentro do próprio teatro. O show tem um enredo lúdico e bonito de acompanhar, e o teatro foi desenvolvido especialmente para o Cirque du Soleil e está em uma região de grandes belezas naturais, tendo um ar místico e sofisticado. Nesse artigo, trarei algumas informações sobre o show JOYÀ e claro, contarei como foi minha experiência.

O teatro do espetáculo JOYÀ - como chegar



Cirque du Soleil Cancún


A experiência já começa com o impacto da chegada: o Teatro desenvolvido especialmente para o espetáculo tem uma arquitetura muito diferente que combina muito com a atmosfera da região, e o complexo todo fica ao redor de um cenote. O lugar conta com estacionamento, banheiros, loja de souvenirs e um delicioso restaurante - também ao redor do cenote - onde podemos comer alguma coisa diferente ou beber um drink enquanto esperamos o show. Tudo isso vai nos preparando para a entrada no teatro, que tem uma decoração colorida e lúdica, mas ao mesmo tempo intimista e elegante, que realmente chama atenção em cada detalhe e combina muito com o show. O teatro tem capacidade para 650 pessoas e, como a arquitetura é circular, não tem lugar ruim - qualquer assento dá para ver perfeitamente o palco (a distância do palco até a última fileira, por exemplo, é 18 metros). É dentro do teatro que acontece o show e, para quem comprou ingresso com alguma experiência gastronômica, o jantar.


Tipos de ingresso, preços e horários



O Cirque du Soleil JOYÀ tem diferentes tipo de ingresso: o "VIP dinner" e "Regular dinner", que são a experiência com jantar e champagne (sendo que o VIP tem acesso preferencial, champagne ilimitado e coquetel de boas vindas), o "premium seats, drinks and appetizers", com bebidas e aperitivos, e ingressos "show only", com preços variando conforme o lugar. Os ingressos para apenas o show custam a partir de 77 dólares e podem ser comprados no site oficial, escolhendo o dia e horário do show, tipo de ingresso e poltrona ou mesa numerado.No próprio site, também pode ser comprado o transfer de Cancún ou Playa del Carmen para o teatro, por 20 dólares e 18 dólares, respectivamente. Em Cancún, o transfer do Cirque tem como partida e chegada o shopping La Isla, enquanto na Playa del Carmen ele parte e volta para o Playacar Center Shopping Mall. Pegamos o transfer de Playacar e foi super tranquilo, mas quem quiser ir de carro, não tem erro: o Cirque du Soleil fica localizado ao longo Carretera Cancún-Tulum há cerca de 50km de Cancún e 20km da Playa del Carmen, muito fácil de chegar.

Cirque du Soleil Cancún


Compramos o ingresso "show only" e ficamos mais ou menos no meio do teatro, com uma ótima visão do palco. Como eu disse, não tem lugar ruim e nossa experiência foi fantástica, mas sinceramente me arrependi de não ter escolhido um ingresso com experiência gastronômica. Quem compra o ingresso com jantar, fica sentado mais na frente e entra uma hora antes para o jantar, que conta com entrada, prato principal e sobremesa, tudo verdadeiramente gourmet e até a apresentação dos pratos é diferenciada. Falando em apresentação, enquanto acontece o jantar, uma banda fica tocando até iniciar o verdadeiro espetáculo. Chegamos um pouco antes e ainda vimos um pouco do show da banda, como tudo relativo ao Cirque du Soleil, de altíssima qualidade.

O espetáculo JOYÀ ocorre de terça à sábado, com apresentações que podem ocorrer às 19h00, 21h00 e 21h15, dependendo do dia e da temporada. Infelizmente, não é todos os dias que tem mais de uma apresentação, então tem que ver no site para se programar, considerando ainda que quem opta pelo ingresso com jantar deve chegar uma hora antes do horário marcado no site.


Cirque du Soleil JOYÀ - O espetáculo



O espetáculo JOYÀ é simplesmente fantástico. Com duração de pouco mais de uma hora, o show conta a história de uma menina chamada JOYÀ, que cresceu ouvindo as histórias mágicas contadas por seu avó e parte numa jornada rumo ao fantástico em busca de uma pedra preciosa. Inspirada na migração da borboleta monarca, o enredo é uma espécie de alegoria, uma história sobre alegria, conhecimento, sobre a busca pelo sentido da vida, mas com personagens únicos meio humanos e meio animais e com a magia que só o Cirque du Soleil consegue proporcionar. Os artistas e técnicos que participam do espetáculo vieram de mais de quinze países diferentes e o show é uma super produção que mexe com todos os sentidos, homenageando elementos naturais e culturais do México.

Cirque du Soleil Cancún


A história é recheada de números circenses que nos deixam maravilhados com os artistas, tem momentos de interação (alguns números acontecem no meio da plateia!) e também um lindo cenário que muda conforme os acontecimentos do show. A orquestra também é um show à parte, aliás, eu lembro até hoje de como fiquei impressionada quando vi o espetáculo La Nouba em Orlando e percebi que aquela trilha sonora que se encaixava perfeitamente ao espetáculo era, na verdade, uma orquestra ao vivo. Os músicos de JOYÀ são fantásticos e estão em perfeita sintonia com os números circenses, aliás, todos os artistas faziam coisas simplesmente impressionantes. No vídeo abaixo, dá para ter uma ideia do que esperar do show, pois é o trailer oficial do JOYÀ:



Sei que é repetitivo ficar falando isso, mas o espetáculo JOYÀ do Cirque du Soleil é simplesmente incrível. Desde o início da experiência, a primeira vista do Teatro, os cenários, a gastronomia, o show, tudo é absolutamente impecável e não tem como não se maravilhar e emocionar com tanta beleza acontecendo no palco. O Cirque du Soleil JOYÁ é uma experiência única e que, ao mesmo tempo que se diferencia das demais atrações da Riviera Maya, se encaixa em toda a atmosfera mística e cultural que só aquela região cheia de riquezas naturais consegue proporcionar. Foi uma noite perfeita e eu recomendo muito essa experiência para quem viajar para a região, tenho certeza que todos vão ficar deslumbrados ao assistir.

*Essa postagem é fruto de uma parceria do Cirque du Soleil com o blog, porém, todas as opiniões são verdadeiras e refletem nossa experiência pessoal.

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O protesto de Roger Waters em Porto Alegre


terça-feira, 6 de novembro de 2018

Há quem diga que não se pode falar de política em um show de rock para não misturar "arte com política". Ocorre que o homem é um animal político. As coisas que você pensa, as coisas que você fala e os ídolos que você segue são, em grande parte, impregnadas de política. Sendo assim, não tem cabimento esperar que um dos fundadores de uma das bandas mais influentes da história, Pink Floyd, cuja discografia inclui álbuns contestadores como "Animals" e "The Wall", observasse passivamente a onda de neofascismo que surge em várias partes do mundo. E, mesmo sem referências ao neofascismo no Brasil - talvez por censura, talvez por desilusão -, o show de Roger Waters em Porto Alegre pode sim, ser classificado como um verdadeiro protesto.

Show Roger Waters Porto Alegre


O último da turnê Us + Them no Brasil, que ocorreu no estádio Beira-Rio em Porto Alegre, começou com uma pontualidade britânica, ao som de Breathe. O grande telão colocado atrás do palco, que até então apresentava uma imagem tranquila de uma mulher sentada em uma praia deserta, passou a apresentar imagens psicodélicas. A banda tocou "One of These Days" e apesar em "Time" Roger Waters apareceu nos vocais, música que foi precedida de The Great Gig in the Sky, onde a dupla Lucius (Jess Wolfe e Holly Laessig) fizeram um dos mais famosos solos vocais da história da música.

Show Roger Waters Porto Alegre


O show ganhou um tom verdadeiramente pesado com a música “Welcome to the Machine”, quando as estrelas do telão foram substituídas pelo clipe da música, que apesar de ser uma crítica dirigida à indústria musical, nos choca em vários aspectos ao mostrar um rio de sangue se transformando em uma multidão, nos fazendo questionar sobre a própria máquina que estamos inseridos. As músicas da carreira solo de Waters, tocadas na sequência, também mantiveram o tom crítico, com “Déjà Vu", "“The Last Refugee" e "Picture That", com críticas à interferência dos EUA no oriente médio e a líderes mundiais como Kim Jong-um, Silvio Berlusconi e George W. Bush, na última canção.

Show Roger Waters Porto Alegre


O tom de protesto teve uma pequena trégua com o sucesso Wish You Were Here, mas logo um dos discos mais impactantes estava por vir: The Wall, com The Happiest Days of Our Lives, Another Brick in the Wall Part 2 e Part 3. Foi um momento muito bonito, em que as crianças do projeto Ouviravida, do Bairro Bom Jesus, fizeram o coro de Another Brick in the Wall Part 2, em um primeiro momento com macacões laranjas que lembram os presidiários americanos, e logo em seguida, jogando fora esse macacão e mostrando a mensagem da camiseta: Resist.

Show Roger Waters Porto Alegre


Quando Resist apareceu no palco, houve uma certa tensão política, com muitas pessoas entoando o coro de "#Elenão", apesar de algumas vaias e um silêncio desconfortável daqueles que elegeram o novo presidente. Diferentemente dos shows anteriores, não houve nenhuma mensagem direta ao Brasil por parte de Roger Waters, #Elenão não foi exibido no palco e nem mesmo o nome de Bolsonaro apareceu ao lado de Trump, Le Pen e Putin como líderes neofascistas. Mas a mensagem de resistência estava lá. Waters não "se intrometeu na política brasileira", o que incomodou tantos "fãs" durante as eleições, mas manteve o protesto que realizou em todos os shows da turnê Us + Them e os ideais que impregnaram toda a sua carreira, pedindo para resistirmos ao fascismo, antisemitismo, aos crimes de guerra e à ideia de que alguns animais são mais iguais que o outros.

Show Roger Waters Porto Alegre


Com essa referência à A Revolução dos Bichos, Waters deu início ao álbum criado por influência do livro, com a diferença que a crítica de Waters não se volta ao comunismo, mas ao capitalismo. No início da música "Dogs", o telão mais uma vez impressionou o público com a inesquecível cena da Usina do disco "Animals" surgindo, com um porco perto das chaminés. Enquanto a música tocava, houve algumas manifestações políticas de Waters e sua banda em alusão ao poder que os porcos, representando os líderes mundiais, teriam sob os demais, e a música "Pigs" teve todo seu videoclipe direcionado a um ataque ao presidente americano Donald Trump, até que finalmente o grande porco voador surgiu no estádio. A mensagem não poderia ser mais necessária: seja humano.

Show Roger Waters Porto Alegre


De volta ao Dark Side of the Moon, Waters tocou a icônica "Money", o título da turnê "Us and Them", "Brain Damage" e, o que foi o momento mais bonito do show, Eclipse, momento em que o famoso prisma da capa do álbum foi reproduzido no meio do estádio. Particularmente, Eclipse é uma das minhas músicas preferidas do Pink Floyd, e ouvi-la daquele jeito foi muito especial. Somado aos efeitos especiais, a natureza dava um show à parte, com muitos trovões durante as músicas.

Show Roger Waters Porto Alegre


Infelizmente, por conta da tempestade que estava por vir, Roger Waters terminou o show mais cedo. Talvez Roger Waters tivesse tocado mais uma música se não fosse o resultado das eleições - o ídolo parecia bem mais distante do que demonstrou nos outros shows -, mas ouvir Confortably Numb compensa. No final, em sua terceira apresentação em Porto Alegre, Roger Waters fez um show único, transmitindo a mesma mensagem de resistência que vem sendo passada por três gerações, desde a criação de Pink Floyd.

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Paul McCartney em Porto Alegre


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Quando fui no Show do Paul McCartney em 2010, eu era a pessoa mais animada de Porto Alegre. Foi uma loucura na busca por ingressos, meses de preparativos ouvindo álbuns da carreira solo, toda a cidade estava animada com o primeiro show do Beatle em solo gaúcho. Fiquei horas na fila, fui com minha família e melhores amigos, realizei o sonho de ver meu ídolo. Por já ter vivido toda essa emoção, confesso que não estava tão entusiasmada com o show do Paul McCartney que ocorreu dia 13 de Outubro de 2017 em Porto Alegre, porque achei que não ia superar o anterior. Bobagem. No primeiro acorde eu já estava emocionada.

show Paul McCartney Porto Alegre


O Show em Porto Alegre foi o primeiro da turnê One and One no Brasil, contando com músicas marcantes da carreira solo do artista, canções do Wings e muitas, muitas músicas clássicas dos Betles. Foram quase três horas de um show histórico, que reuniu mais de cinquenta mil pessoas no Estádio Beira Rio para assistir um artista que, no auge dos seus setenta e cinco anos, esbanjava carisma e animação, fazendo gracinhas e conversando com o público não apenas em português como também arriscando gírias gaúchas como "bah" e "tri legal". Foram, ao todo, mais de trinta e cinco músicas, mostrando que o legado dos Beatles está vivo e é eterno.

show Paul McCartney Porto Alegre


Paul começou com a incrível A Hard Day's Night, que, assim como Love me Do, não era tocada em uma turnê desde a época dos Beatles. O artista incluiu muitas músicas que não foram tocadas no show anterior, como a belíssima Valentine e a estonteando Maybe I'm Amazed (uma das melhores de sua carreira solo) e, quando tocava músicas já conhecidas pelo porto-alegrense, como Let em Roll It e Nineteen Hundred and Eighty-Five, nos atingia pela nostalgia de poder reviver aquelas músicas. Paul propôs uma "volta no tempo" ao tocar In Spite of All Danger e, a partir daí, tocou uma série de músicas clássicas do início da carreira dos Beatles, como You Won't See Me, And I Love Her e Blackbird, momento no qual, com setenta e cinco anos, o artista relembrou da importância de algo que muitos brasileiros debocham e nem sabem o que significa: direitos humanos.

No show o artista fez as suas homenagens à John Lennon e George Harrison com Here Today e Something, respectivamente, reproduziu a estonteante Eleanor Rigby e se aproximou do término do show com uma sequência matadora, com músicas como A Day in the Life (que me arrancou algumas lágrimas, alías), Back in the U.S.S.R e, mais impactante ainda, Let it Be, Live and Let Die e Hey Jude. Live and Let Die, a música criada para o filme do 007, já é conhecida pelo marcante show de pirotecnia e fogos de artifício, e Hey Jude obviamente emocionou por ser o momento em que os fãs cantam juntos o nanana antes do refrão, o que ficou ainda mais bonito pelo número dos balões que lotaram o Beira-Rio. No entanto, o momento mais emocionante da noite certamente foi Let it Be: espontaneamente, cada fã ligou sua lanterna do celular e o estádio se encheu de luzes durante a música, parecendo uma verdadeira constelação. Rolling Stones que me perdoem, mas nenhum artista consegue provocar a mesma emoção que Sir Paul McCartney.

show Paul McCartney Porto Alegre


Se não bastasse todos os sucessos tocados, o bis contou com nada menos que Yesterday, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (reprise), Helter Skelter, Birthday (engraçadinha, mas enfim) e a belíssima sequência de Golden Slumbers, Carry that Weight e The End. The End, uma das minhas preferidas, sempre encerra o show da melhor forma possível, nos deixando felizes com o que presenciamos e com a certeza de que para a beatlemania nunca haverá um final.

show Paul McCartney Porto Alegre


Alguns shows nos impressionam pela técnica, outros pelo envolvimento do artista e outros nos emocionam pela história e pela experiência que nos proporcionam. O show de Paul McCartney faz tudo isso e muito mais, é sempre uma experiência única, uma noite inenarrável, que faz termos a impressão de estar presenciando parte da história. A verdade é Sir Paul McCartney é o maior artista vivo da atualidade, capaz de reunir várias gerações, idosos, adultos e crianças, todos compartilhando o mesmo sentimento. Me diverti, sorri, chorei, dancei, cantei, gritei e me emocionei, em um show inesquecível que só um verdadeiro beatle pode proporcionar.

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The Who e Def Leppard em Porto Alegre


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Junto de bandas como The Beatles e Rolling Stones, The Who foi responsável pela chamada invasão britânica nos Estados Unidos e no mundo, momento em que o rock inglês se tornou universal. The Who foi a primeira banda a criar uma ópera rock, influenciou altamente o punk rock, nos contagiou com um estilo próprio. Felizmente, a invasão britânica está chegando pessoalmente em Porto Alegre e pude apreciar um show de uma das maiores bandas da história do rock.

The Who Porto Alegre


O show em Porto Alegre ocorreu dia 26 de setembro de 2017 no Anfiteatro Beira-Rio e foi a despedida da banda no Brasil, depois de elogiadas apresentações em São Paulo e no Rock in Rio. Bem verdade, a banda era esperada há mais de cinquenta anos e, apesar do estádio não estar tão lotado como em shows de bandas mais famosas, The Who conseguiu reunir jovens, adultos e idosos, em um momento que a própria banda definiu como um dos melhores shows dos últimos dez anos.

Antes da apresentação de The Who, a abertura às 19h30 ficou por conta da banda inglesa Def Leppard, que atua desde 1977 e já vendeu mais de 100 milhões de álbuns mundial. Confesso que não tinha muito contato com Def Leppard, mas não foi difícil me empolgar com o show da banda, que demonstrou altíssima qualidade e total domínio dos instrumentos. Com um estilo mais agressivo, misturado à belíssimos solos de guitarra, a banda deu uma verdadeira aula de rock. Mas não adianta: a espera era pelo show da banda The Who que, com uma pontualidade britânica, começou a tocar as 9h30 no Beira Rio.

The Who Porto Alegre
Banda Def Leppard em Porto Alegre


A playlist do show não poderia ter sido melhor, reunindo os principais sucessos da banda. Iniciando com "I can't Explain", "The Seeker" e "Who are You", o reportório contou também com a icônica My Generation, Pinball Wizard e a belíssima Behind Blue Eyes que, como lembrou Roger Daltrey com bom humor, não é uma música do Limp Bizkit. Vários momentos foram emocionantes e todos os refrões eram entoados também pelo público, sendo um dos momentos mais marcantes, talvez, Baba O'Riley.

A banda, que sempre demonstrou rebeldia e juventude, hoje tem integrantes com mais idade e já não quebram mais instrumentos como era hábito no início. Isso não quer dizer, no entanto, falta de energia: Pete Townshend e Roger Daltrey, com 72 anos e 73 respectivamente, entregaram um show eletrizante, mantendo o mesmo ritmo até os últimos acordes. O vocalista Roger Daltrey continua apresentando uma voz poderosa e Pete Townshend demonstra experiência na guitarra e um estilo autêntico, impressionando a todos os fãs. Substituindo os outros membros originais, Keith Moon e John Entwistle, tocaram o baixista Jon Button e o baterista Zak Starkey, filho do beatle Ringo Starr.

The Who Porto Alegre


Intenso e emocionante, show da banda The Who em Porto Alegre foi um dos mais marcantes da cidade e, segundo o produtor, um dos melhores shows da banda nos últimos 10 anos. Não dá para saber se é verdade, mas o fato é que a banda apresentou uma energia única, um carisma contagiante e uma performance impecável. Foi uma noite inesquecível e só posso agradecer pela oportunidade de assistir esse show histórico.

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Rolling Stones em Porto Alegre


sexta-feira, 11 de março de 2016



Semana passada Porto Alegre presenciou mais um show que ficará marcado na história, de uma banda que influenciou uma geração e traz em suas canções e estilo o verdadeiro significado do rock n'roll. É com emoção relembrando o dia 02 de março de 2016 que venho compartilhar com vocês um pequeno relato sobre o show da banda Rolling Stones!


Eu e minha prima Eduarda, do Gota de Champagne.


O show aconteceu no Estádio Beira-Rio e desde a manhã havia uma grande alvoroço no entorno, vez que muitas pessoas ficaram o dia inteiro esperando nove da noite chegar. Contudo, nem o tempo de espera nem os (bons) shows de abertura nos prepararam para o início de um show emocionante, animado, com músicas marcantes de uma das bandas mais importantes da história do rock. E com uma peculiaridade: os Stones tocaram abaixo de chuva.



Apesar do palco grandioso, com três telões cujas luzes mudavam perfeitamente conforme a música, a estrutura foi insuficiente para proteger os artistas do que atingiu o público desde os primeiros acordes: a chuva. Mas o que era para ter sido um enorme problema parece ter servido de combustível não só para a plateia como para a banda cinquentenária, cujos roqueiros deram um show de vitalidade. Entre sorrisos, os Stones demonstravam estar curtindo tocar em Porto Alegre, e apesar da chuva pesada, percorriam a passarela e em nenhum momento diminuíram a energia que passavam para os fãs. Mick Jagger dançou, rebolou, fez o público cantar junto e usou gírias porto-alegrenses para se dirigir à plateia, nos saudando com um amigável "e aí, gurizada!" e apresentando Ronnie Wood como um gaúcho que toma chimarrão.



O show iniciou com Jumpin' Jack Flash e apresentou um repertório sólido, com It's Only Rock n' Roll, Let's Spend the Night Together (a música escolhida pelo público) e Ruby Tuesday, uma grata surpresa. Outras músicas tocaram, como Paint It Black, e duas tiveram Keith Richards no vocal. Para mim, a melhor parte do show começou com a fantástica Gimme Shelter, seguida de uma sequência arrebatadora com Start me Up, Sympathy for the Devil (com um palco repleto de símbolos satânicos e Mick Jagger vestindo uma capa vermelha), Brown Sugar e o bis, em que o Coral da PUCRS cantou You Can't Always Get What you Want e depois todo o estágio pulou com (I Can't Get No) Satisfaction".


Foto: Kevin Mazur (Fonte: Jornal do Comércio


Apesar de muitas bandas talentosas terem vindo para Porto Alegre nos últimos anos, a verdade é que nunca se viu show igual: com quase ou mais que setenta anos, os artistas mostraram mais energia que muita gente, isso que o público foi muito participativo e não parou um minuto de pular e curtir o show. O talento musical é indiscutível, mas uma das coisas mais impressionantes na apresentação ao vivo é a presença de palco de Mick Jagger, o carisma que todos da banda demonstram e a parceria entre eles, que há cinquenta anos tocam juntos. Quem viveu uma vida quebrando limites, marcou a história do rock e há muito já fez fama e fortuna não toca por dinheiro, mas por prazer. Acredito que os Rolling Stones ficaram muito satisfeitos de tocarem em Porto Alegre - e eu, feliz e emocionada com a oportunidade única de presenciar uma das maiores bandas da história.

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David Gilmour em Porto Alegre


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015



Em dezesseis de dezembro de 2015, Porto Alegre presenciou um show histórico, de um gigante que sabe não apenas tocar com maestria suas canções, mas transmiti-las de uma maneira inenarrável ao público. É com felicidade que publico meu relato sobre o show do David Gilmour, voz e guitarra da banda inglesa Pink Floyd.



Considerando que Pink Floyd é uma das bandas mais significativas e elogiadas desde os anos sessenta, o show de David Gilmour reuniu gerações, um público animado, ansioso, pronto para cantar junto do artista Wish You Were Here e ouvir as músicas da sua primorosa carreira solo. O show ocorreu na Arena do Grêmio e, sentada na diagonal do estádio, tive uma ótima visão e aproveitei confortavelmente o show. Se é possível culpar alguma coisa da organização (as extensas filas para os quiosques de alimentação, por exemplo), não há como impor defeito ao show, que, em todos os sentidos, foi transcendental.


Fotografia: Zero Hora


Com uma pontualidade britânica, Gilmour iniciou o concerto com três músicas da carreira solo (5 A.M, Rattle that Lock e Faces of Stone), apresentando um envolvente videoclipe na Mr. Screen, que, mais que um telão circular, fazia parte do espetáculo, sendo uma ótima experiência visual. Em seguida, o público se emocionou cantando Wish You Were Here e, após duas ótimas músicas da carreira solo do artista (A Boat Lies Waiting e The Blue), a caixa registradora marcou o início de Money e mais duas músicas do Pink Floyd: a bela Us and Them e a profunda High Hopes, esta última logo após outra música solo chamada In Any Tongue, cujo clipe foi sensacional.



Na segunda parte do show, as luzes do palco nos transportaram para outro mundo ao som de Astronomy Domine até que chegamos a um dos momentos mais esperados do show: Shine on Crazy Diamond. Ouvir uma das minhas músicas preferidas ao vivo sendo tocada por Gilmour foi indescritível e, se ele é o único membro original do Pink Floyd, certamente devemos reconhecer o talento dos demais membros da banda, que incluem o brasileiro João Melo no saxofone. Gilmour também nos presenteou com o incrível solo da Fat Old Sun, tocou Coming Back to Life, do Pink Floyd e apresentou uma música nova, The Girl in the Yellow Dress, cujo estilo destoa das demais músicas do show, mas não por isso é menos apreciável. Depois de Today e Sorrow, o palco novamente se acendeu com Run Like Hell, para depois o tão esperado bis: Time e Comfortably Numb, momentos épicos.



Realmente, não tenho palavras para descrever o quão maravilhoso foi o show de David Gilmour em Porto Alegre. Não é apenas talento, não se trata de alguém extremamente virtuoso a ponto de nem podermos acreditar que aqueles solos são reais: trata-se de um verdadeiro artista, que transmite suas mensagens nas letras, nas melodias, que nos toca com suas músicas. Com seus 69 anos, David Gilmour fez um show intenso e genial, que ficará marcado para quem pode presenciar a vinda de um grande astro do Pink Floyd.

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Show de Nenhum de Nós em Porto Alegre


segunda-feira, 3 de agosto de 2015



Era Julho de 83 quando eu conheci uma das minhas bandas preferidas: Nenhum de Nós. Gosto da banda desde 2009 e desde então foram muitas trilhas sonora de momentos especiais e canções no karaoke, até que na última sexta-feira, dia 24/07, tive o enorme prazer de ir junto da minha prima ao show de Nenhum de Nós, que aconteceu em Porto Alegre.



Nenhum de Nós é uma banda de rock oriunda do Rio Grande do Sul, mas famosa em todo o Brasil. Criada em 1986 por Thedy Corrêa, Sady Homrich e Carlos Stein (que também fundou a banda Engenheiros do Hawaii), em 1988 a banda virou sucesso nacional com o hit Camila, mas muitas outras músicas foram produzidas que marcaram gerações. Julho de 83, Vou Deixar que Você se Vá e Paz e Amor são exemplos dos sucessos da banda, que já gravou ao longo da carreira 17 álbuns.



O último show em Porto Alegre aconteceu no dia 24/07 no Teatro do Bourbon country e fez parte da turnê de divulgação do novo disco da banda, Sempre É Hoje. Por ser um álbum novo, fiquei com um pouco de medo de não aproveitar o show já que não conheço as novas músicas, mas a 'dosagem' foi perfeita e todas as músicas novas só comprovam a qualidade da banda. Na verdade, as músicas do novo álbum foram intercaladas com os sucessos antigos da banda, de modo que em determinados momentos eu cantava junto, e em outros estava absorvendo as novidades.



Segundo o vocalista Thedy Corrêa, o novo álbum "trata-se de uma reflexão sobre a perda de sensibilidade", trazendo músicas ótimas como Caso Raro, Descompasso, Milagre e Total Atenção, cuja letra achei bastante criativa. O novo álbum também é uma homenagem a Gustavo Cerati da banda argentina Soda Stereo, então eles até tocaram "De música ligera", que aqui no Brasil ficou conhecida pela versão do Capital Inicial como A Sua Maneira. Outro momento fantástico do show foi a música Foi Amor, com a cantora Roberta Campos e claro, foi divertidíssimo dançar Paz e Amor, Camila e outros sucessos da banda.



Para quem não conhece Nenhum de Nós, é uma ótima oportunidade de conhecer um dos maiores exemplares do rock brasileiro. Nenhum de Nós tem personalidade, artistas carismáticos e um ótimo trabalho tanto nas letras quanto no instrumental, utilizando instrumentos diferentes como gaita e criando um som bastante característico. Foi um show muito divertido e fico muito feliz de poder ter assistido!

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Show de America em Porto Alegre


sexta-feira, 26 de junho de 2015



Já faz algum tempo que Porto Alegre está atraindo grandes artistas da música, como Paul McCartney, Eric Clapton, Roger Waters e Jack White. Nesta terça-feira, dia 23 de junho, tive o enorme prazer de presenciar o show da banda America, que iniciou sua fama nos anos 70 e continua ativa até hoje.



America é uma banda de folk-rock que iniciou suas atividades na Inglaterra, nos anos setenta. Com letras inspiradoras e ritmos contagiantes, America é reconhecida pelo seus sons acústicos e belíssimos vocais, responsável por sucessos como I Need You, Sandman, Ventura Highway e a mundialmente famosa A Horse With no Name. Atualmente, America está completando seus 45 anos de carreira e está divulgando seu novo álbum, Lost and Found.



O show em Porto Alegre ocorreu no Auditório Araújo Viana, que apesar de ser pequeno para grandes shows (o que não foi o caso), conta com uma ótima acústica e boa visibilidade para todas as seções. No caso, eu fiquei quase na sexta fila e em um sentido técnico, posso dizer que foi o melhor show que assisti, pois tudo estava impecável. A diagramação do palco estava ótima e, apesar de não ter espaço para efeitos, o telão ao fundo dava um ótimo background e foi bem utilizado ao trazer imagens da banda ou de épocas importantes, de acordo com as músicas. Quanto ao talento da banda? Simplesmente fantástico.



Dos membros originais da banda, apenas Gery Beckley e Dewey Bunnel estão na ativa, mas demonstram muita energia e aparentemente estavam satisfeitos em tocar no Brasil, sempre conversando com a plateia, e por vezes fazendo truques com os instrumentos. Merecem destaque também os dois novos músicos da banda (baterista e guitarrista), que nasceram até depois do lançamento do primeiro álbum, mas têm grande talento. Falando em álbuns, America teve uma interessante escolha de apresentar seus sucessos majoritariamente em ordem cronológica, relembrando assim toda a trajetória da banda. O show iniciou com Tin Man e pudemos ouvir sucessos como Ventura Highway, Only in your Heart, Sister Golden Hair, Lonely People, The Border, Magic... Foram quase duas horas intensas de música boa! America também tocou um cover incrível de California Dreamin' (o que foi uma grata surpresa, porque amo a versão deles), uma Sandman mais pesada e claro, encerrou o show entre aplausos tocando A Horse with no Name.



America é uma banda muito agradável de se ouvir e ao som da primeira música é indubitável o talento da banda, mas nada se compara a oportunidade de assisti-los ao vivo, presenciar todas aquelas composições lindas que ouvimos nos álbuns serem reproduzidas na vida real. Ver America ao vivo foi uma experiência fantástica e recomendo a todos que gostam de um bom folk rock que ouçam os sucessos de America, que perduram até hoje.

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Jack White em Porto Alegre


quarta-feira, 25 de março de 2015



Já faz algum tempo que considero Jack White um dos melhores músicos da atualidade. Com um nome simples e poderoso, o artista que conquistou o mundo com sua banda vermelha, preta e branca, presenteia Porto Alegre com um show histórico, marcado pelos principais sucessos de sua carreira, mas com inovações que fizeram cada performance única e impactante.


Fotos: Site Oficial do Jack White


O show em Porto Alegre aconteceu no Pepsi on Stage, que sinceramente, não tem a acústica adequada para aguentar a natureza experimental do trabalho de Jack White. Obviamente, a estrutura do local não foi suficiente para impedir que o público de 4.500 pessoas ficasse totalmente imersos na viagem que o cantor fez pelo rock de garagem até o folk, indo do barulho fascinante de White Stripes até as refinadas músicas de seu novo álbum, Lazaretto. Detalhe: imersos de corpo e alma. Pouco antes do início do show, um roadie muito elegante pediu encarecidamente que não utilizássemos nossos celulares e câmeras para fotografar (e consequentemente ver) o show, porque não fazia sentido apreciá-lo em uma tela minúscula, mas sim, vivenciar o momento de corpo e alma.



Quinze minutos depois do previsto, Jack White aparece no palco iniciando com uma ótima performance de Dead Leaves and the Dirty Ground, do terceiro álbum de The White Stripes. Na sequência, duas músicas do aclamado álbum Lazaretto (High Ball Stepper e Lazaretto) para depois voltar ao White Stripes com a clássica Hotel Yorba e tocar mais duas músicas da carreira solo. Seu repertório não seguiu uma ordem ou lógica, o que nos fez aproveitar cada momento e soltar uma exclamação de surpresa quando uma das minhas músicas preferidas (I'm Slowly Turning Into You) foi incluída no show. Outra coisa fantástica foram as inovações que sofreram cada música, com arranjos diferentes e muitas vezes improvisados.



Uma das maiores características do músico é seu ar descompromissado e acho que isso se refletiu muito no show, onde ele tocava o que queria de acordo com a atmosfera. Aliás, descompromissado nada: seu grande compromisso é com sua arte e com o Rock n' Roll. É um tanto difícil explicar como a simplicidade da sua música resulta em solos tão elaborados e uma música tão rica, mas quem esteve presente pode vivenciar todo o profissionalismo envolto naquela desordem programada, sem pausas entre uma música e outra. Falando em pausa, depois do Bis, do qual Jack White volta segurando uma bandeira do Brasil, veio uma das grandes partes do show, em que o público estava mais animado e participou da icônica Seven Nation Army.



Ouvir Hello Operator, Astro, Sugar Never Tasted So Good e Little Bird, de White Stripes, foi tão emocionante quanto ouvir Steady As She Goes, Top Yourself, Broken Boy Soldier ou Love Interruption e Would You Fight for My Love?, uma das melhores músicas do show. Com energia e intensidade, Jack White nos deu um show completo, de um rock antigo, mas que se perpetua nos grandes nomes da música atual.

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Orquestra Unisinos: Classical Beatles


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012



Aqui em Porto Alegre sempre estão promovendo algum evento cultural, como peças teatrais, concertos e afins. Nessa quarta tive a oportunidade de ir ao Theatro São Pedro para apreciar a Orquestra Unisinos, que homenagearam a melhor banda do mundo no espetáculo Classical Beatles. Como foi um passeio muito bacana e uma apresentação fantástica, cá estou eu para compartilhar esse passeio com vocês.

Foto dos Ingressos e do Theatro aqui


Eu gosto de música clássica, mas não costumo parar para ouvir e muito menos, ir em concertos. Quando soube que teria uma orquestra tocando Beatles, fiquei muito interessada e com vontade de ir, mas ainda assim espera que fosse uma apresentação "normal", que eles tocassem as músicas e pronto. Não contava que eu fosse voltar tão impressionada: desde os primeiros acordes de Penny Lane, que abriu a apresentação, tive certeza de que o ingresso valeu à pena. Eles não reproduziam simplesmente as músicas, mas faziam uma interpretação que as deixavam lindas. Eles tocaram Ticket to Ride de uma forma lenta e com direito à harpa, e quando tocaram a terceira música, All My Loving, já estava emocionada com a beleza dos instrumentos, daquele conjunto e daquela energia que me passava.

Lustre do Teatro e plateia lotada.


Além dos belos arranjos e grande variedade de instrumentos (eu sei que é o normal para uma orquestra, mas mesmo assim impressiona lol), a orquestra contou com um coral e mais três cantores. Me impressionei quando a soprano começou a cantar Let it Be, que graças à voz dela ficou bem diferente do original e muito bonita. Ela também cantou The Long and Windy Road, For no One, Blackbird e outras em conjunto. O segundo cantor deu uma identidade bastante interessante para músicas como Here Comes the Sun (que ficou linda com o Coral) e Help, mas acho que a participação mais significativa dele foi em Helter Skelter, que céus, eu não imaginava sendo tocada por uma orquestra. Helter Skelter é barulho, minha gente! É considerada a primeira canção de Heavy Metal da história, e foi interpretada de uma maneira muito animada e alegre por essa orquestra! Sério, muito legal.


A Orquestra Unisinos também tocou Yellow Submarine, All You Need is Love e encerrou com um bonito medley de Eleanor Rigby, She Loves You e Yesterday, com participação do coro e dos cantores, além de um curto "Hey Jude" nesse medley. Contudo, mesmo que não tenha me impressionado devido ao tom da voz, a participação mais marcante foi da terceira cantora, uma menina chamada Kirya que, se muito velha, devia ter uns dez anos. Ela cantou All My Loving junto do Coral Allegro, também formado só por crianças, e esse foi um dos momentos mais emocionantes do show. Pelo que eu entendi, o coral fazia parte de um projeto de solidário da Unisinos que entre outras coisas, ajuda crianças a terem mais oportunidades, dentre elas, aprender música. Eu gostei muito da ideia e pelo que constatei, já saíram grandes talentos do projeto. Todos apreciaram a música e aplaudiram de pé ao final, acredito que a orquestra, a Kirya e as outras crianças devem ter se sentido muito feliz.

Sei que por ser beatlemaníaca, sou suspeita para falar, mas voltei encantada com a apresentação e só tenho elogios à Orquestra Unisinos. No final, o concerto foi muito mais do que eu esperava, não só pelo nível do espetáculo ser maior do que o imaginado mas por eu ter me sentido muito envolvida, feliz também de estar ali. Acho que esse é o grande ponto alto da música em geral, transmitir emoções e também, dar significados novos e especiais para determinadas situações. A Orquestra fez isso ao transmitir os sentimentos que os Beatles tentaram nos passar e dar uma característica nova a alguns deles, e por isso estão de parabéns por essa belíssima homenagem.

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Paul is Live!


quarta-feira, 7 de novembro de 2012



Hey gente, voltei! Desculpe ficar um tempo sem postar, mas agora sim que começaram as provas na faculdade. De qualquer forma, obrigada pelos comentários e obrigada Dayane por publicar a minha entrevista no Conversando com a Lua, que gente, é um blog super legal. Falando em blogs, eu atualizei a minha blogroll e em breve vou colocá-la em maior destaque, quando atualizar o layout. Enfim, hoje eu passei o dia inteiro saudosista porque exatamente dois anos atrás foi uma das melhores noites da minha vida: estava realizando o sonho de ir ao show do Paul McCartney.


Paul McCartney recusa apresentações. Ex-Beatle, cantor, compositor, baixista, guitarrista, pianista, multi-instrumentista, empresário, produtor musical, cinematográfico e ativista dos direitos dos animais britânico (copiei da Wikipédia por preguiça de escrever tantos talentos nyuhohohoho ♥), ele é simplesmente um dos artistas mais influentes das últimas décadas, tanto que os shows deles costumam reunir gente de todas as idades. Quem me conhece sabe que eu sou empolgada haha, e acontece que no show tinha uma idosa do meu lado tão animada quanto. Falando em animação, outra coisa que me deixou admirada é a energia do Paul. Foram três horas de show, ele não parou nem para tomar um copo d'água. Quando a gente achava que ele ia se aquietar, ele tocava uma música linda/demais/perfeita no piano e já voltava para o baixo. A banda dele também era muito boa!



Nos últimos shows, o Paul tem mostrado uma tendência de tocar tanto músicas da sua carreira solo ou dos Wings como também músicas dos Beatles, o que é ótimo, já que temos a oportunidade de ouvir clássicos como Let it Be, Live and Let Die e Hey Jude ao vivo. Por sinal, pelo que me falaram dos novos shows e pelo que eu pude presenciar em 2010, Hey Jude e Live and Let Die continuam sendo parte dos momentos mais marcantes do show. Ele ainda faz uma homenagem a George Harrison e John Lennon em determinados momentos (quer dizer, ainda faz né? '-') e interage bastante com o público - ele fez um coraçãozinho com os braços para mim


Eu mega feliz esperando o show começar - começou as 21h09


Resolvi falar dele hoje porque Beatles é minha banda preferida, ele provavelmente é meu Beatle preferido (semana que vem vai ser o John Lennon, mas enfim) e acredito que a maioria das pessoas tem uma banda preferida, gostam de determinado cantor, tem aquela música que faz o coração vibrar. Beatles tem sido minha trilha sonora nos últimos quatro anos, então o show foi bastante especial para mim e foi realmente marcante. Talvez pareça meio exagerado da minha parte, mas quem é fã sabe que é indescritível a emoção de ver seu ídolo ao vivo.

Bem gente, e vocês? Já foram em algum show? Gostam de Beatles? Querem que eu conte sobre a super lenda urbana Paul is Dead (não que eu acredite, mas eu gosto do assunto)? Semana que vem volto contando sobre a Feira do Livro de Porto Alegre e com alguma crítica de filme caso meu pai/meus amigos/alguém me leve ao cinema ♥

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