Todo mundo conhece Verona por causa de Romeu e Julieta, afinal, é uma cidade muito romântica e impossível visitar e não conhecer a Casa da Julieta! Mas a dica de hoje não é sobre o famoso casal, não. Nesse artigo, contarei um pouco sobre uma das atrações mais visitadas da cidade, a Arena di Verona, na Piazza Bra.



A Arena de Verona foi construída no início do século I e até hoje é um dos maiores anfiteatros romanos existentes, que inclusive, inspirou a criação do próprio Coliseu. Com capacidade para trinta mil espectadores, desde a sua inauguração a Arena de Verona atrai turistas de todas as partes do mundo - na Roma Antiga, para assistir aos "ludii", espetáculos e jogos envolvendo combates, gladiadores e lutas com animais, e atualmente, pelos shows realizados.



A grandiosa construção também chama a atenção pela excelente acústica do local, de modo que desde 1913 a Arena de Verona começou a ser utilizada para concertos, óperas e shows. Lá ocorrem shows de artistas locais, grandes shows de rock e apresentações de ópera, principalmente durante o Festival Lírico Arenian, entre junho e agosto. Por isso, quem tem viagem marcada para Verona pode tentar conhecer o anfiteatro de uma maneira diferente e aproveitar para assistir a um espetáculo por lá!



Mesmo quando não há show, também é possível visitar a Arena de Verona e deslumbrar-se com sua construção. A fachada foi construída em pedra calcária branco e rosa das pedreiras da região e foi construída a partir de três anéis concêntricos. O interior é aberto diariamente para visitação, e é super bacana passear pelas arquibancadas e ver de perto como é uma verdadeira arena. É claro que não tem a mesma magia que visitar O Coliseu, mas em contrapartida, o passeio é bem interessante porque não são apenas ruínas - diferente do Coliseu, a Arena de Verona está muito bem preservada e é utilizada até os dias de hoje.



A Arena de Verona fica na frente da Piazza Bra e é uma atração imperdível da cidade, que, aliás, pode ser visitada em apenas um dia. Não deixem de incluir esse lugar impressionante em um roteiro por Verona.

Local: Piazza Bra, 1, 37121 Verona VR, Itália
Horário: segundas das 13h30 às 19h30 | terça a domingo das 08h30 às 19h30
Ingresso: Ingresso: 10 euros | 7,50 euros meia| 1 euro para crianças entre 8 e 14 anos | Gratuito para menores de 7 anos | 1 euro no primeiro domingo do mês, de outubro a março
Site Oficial: www.arena.it

Roma é famosa por suas praças e não dá para conhecer a cidade sem visitar a Piazza Spagna, Piazza Navona, Piazza del Popolo e a Piazza Venezia. No artigo de hoje, compartilho algumas curiosidades e informações sobre a Piazza Venezia, famosa pelo Monumento Nacional a Vitorio Emanuelle II.



A Piazza Venezia fica em uma região central de Roma, no meio da Via del Corso, que leva à Piazza del Popolo, e a Via dei Fori Imperiali, que em dez minutos de caminhada leva ao Coliseu. Também fica próxima à Piazza del Campidoglio, ao Musei Campidoglio, à Bocca della Verità e a vários pontos turísticos de Roma, de modo que fica bem fácil encaixá-la em um roteiro pela cidade.



Na frente da Piazza Venezia, fica o impressionante Monumento a Vittorio Emanuelle II, ninguém menos que o primeiro rei da Itália, responsável pela unificação do pais. Apesar de ser um monumento recente, construído em 1911, representa muito para o povo romano e sintetiza muito bem o que esperar de um monumento romano, afinal é gigantesco e muito bem detalhado. O Monumento, que também é conhecido por Altare della Patria ou ainda Il Vittoriano, trata-se de um conjunto formado por escadarias, colunas, fontes e estátuas, sendo a maior de todas a estátua equestre de Vittorio Emanuelle II.



Há quem pense que o Monumento a Vittorio Emanuelle II seja só um "monumento", uma gigantesca estátua, mas o edifício também conta com um espaço interno e inclusive com um museu de visitação gratuita, o "Museo centrale del Risorgimento", e a Terrazza del Vittoriano, nada mais que o terraço. Acabamos não indo no museu porque era dedicado mais a relíquias de guerra e já havíamos visitado vários museus, mas subimos no terraço e posso assegurar: a vista é incrível.



Como o Monumento a Vittorio Emanuelle II fica em um local central de Roma, é possível ver vários lugares, como o Coliseu, o Pallazzo Venezia e, claro, as inúmeras igrejas de Roma. É muito legal, porque dá para ver a cidade e no meio dela as ruínas do que um dia foi o Império Romano, inclusive com vista para o Foro Romano e Palatino, outro ponto turístico bem interessante de se visitar. A vista fica ainda melhor subindo no elevador panorâmico, que salvo engano custa sete euros, mas sinceramente não achamos necessário, até porque o acesso ao terraço é gratuito e já garante uma bela vista de Roma.



Roma é uma cidade simplesmente incrível. É admirável o apreço que os romanos tem por sua história e como isso compreende tanto os grandes feitos da Roma Antiga quanto seus capítulos mais recentes, como a unificação da Itália. É verdade que a construção do monumento foi um pouco polêmica na época em razão do monte Capitolino e que a própria arquitetura desagrada alguns italianos, que costumam comparar o monumento a um bolo de noiva por ser feito do mais branco mármore. Para mim, o Monumento a Vittorio Emanuelle II é simplesmente maravilhoso, dá para ficar muito tempo apreciando cada detalhe e, por fim, subir em seu terraço e apreciar Roma do alto: a vista é inesquecível.

Uma das coisas mais apaixonantes de Roma é o fato de a cidade respirar história. Todo canto da cidade tem alguma fonte, algum prédio, alguma escultura que remete ao passado, que contam a história da cidade durante o Império Romano ou o Renascimento. Nesse sentido, um dos lugares mais impressionantes de Roma é o Panteão de Agripa, um dos sítios históricos mais bem conservados da época greco-romana.



O Panteão foi encomendado por Marco Vipsânio Agripa durante os anos 27 A.C a 14 D.C e reconstruído por Adriano por volta de 126 D.C. Pensar nessas datas assustam, mas por mais incrível que seja, o Panteão é um dos edifícios mais preservados de Roma, permanecendo quase idêntico ao que era na Roma Antiga. O Panteão é circular e tem grandes colunas coríntias na frente, além de ser gigantesco: tem 43 metros de altura e sua cúpula assombrosamente tem o mesmo tamanho de diâmetro. Aliás, vale lembrar que o Panteão tem a maior cúpula de concreto não reforçado do mundo e é simplesmente impressionante por dentro. É um lugar surpreendente para quem curte história e quem curte arquitetura.



Assim como o nome sugere, o Panteão foi construído como um templo homenageando todos os deuses do panteão romano, mas em 608 foi transformado em uma igreja pelo Papa Bonifácio IV, a Igreja Santa Maria dei Martiri, também conhecida como Santa Maria Rotonda. Até hoje, são celebradas missas no Panteão, e a entrada, por óbvio, é gratuita. Além das missas, há muita coisa interessante para ver no Panteão, a começar pela própria estrutura e as inúmeras obras de arte que decoram seu interior. Falando em arte, o Panteão é a morada final de alguns reis da Itália e algumas personalidades, entre elas o renascentista Rafael.



Não tem como não se emocionar com o Panteão. Você está andando no centro de Roma, com lojas de marcas famosas, lembrancinhas e sorveterias, e de repente, quando chega na Piazza Ritonda, se depara com uma incrível estrutura que está ali desde a Roma Antiga, que sobreviveu ao Império Romano e às várias fases da história e também sobrevive aos tempos modernos, intacta, lembrando eternamente do passado. Não tem palavras para descrever esse tipo de emoção que Roma proporciona, mas com certeza o Panteão é um dos lugares mais impressionantes de Roma.

Na minha primeira viagem para Europa, muitos lugares (todos!) me deixaram verdadeiramente encantada pela sua beleza, mas Roma com certeza foi a cidade que mais tocou meu coração. Quando lembro de todos os passeios que fiz, quando eu vejo as fotografias da viagem, parece que estou entrando em um filme, lembro de Roma com uma alegria no coração. No artigo de hoje, vim compartilhar meu roteiro de quatro dias em Roma, que me deixou apaixonada pela cidade.

1º Dia - Piazza del Popolo, Piazza di Spagna, Fontana di Trevi

Nosso primeiro dia em Roma começou um pouco tarde: chegamos perto das 11h no aeroporto Leonardo da Vinci, pegamos o trem Leonardo Express até a Termini (juro que vale à pena e é super tranquilo!) e de lá, pegamos mais um metrô até nossa hospedagem próxima do Vaticano. Foi apenas lá pelas 15h00, 16h00 que pegamos o metrô até a Porta del Popolo onde, de fato, começou nosso roteiro.



A Porta del Popolo é a entrada para a Piazza del Popolo, uma praça muito interessante circundada pela Igreja Santa Maria del Popolo, as Igrejas gêmeas Santa Maria Montesanto e Santa Maria dei Miracoli (uma delas estava em reforma, mas elas são iguais), o Obelisco Flamínio e as Fontes de Valadier. Recomendo muito visitar igrejas em Roma porque a arquitetura delas sempre é de maravilhar os olhos e na Santa Maria del Popolo, por exemplo, ficam duas obras de Caravaggio: Conversão de São Paulo" e a "Crucificação de São Pedro". Tudo isso de graça! Aliás, esse é um dos melhores aspectos de Roma: a cidade é basicamente um museu a céu aberto e por qualquer lugar que se olhe encontramos alguma obra ou monumento histórico.



A partir da Piazza del Popolo, seguimos pela Via del Corso, uma das principais da cidade por reunir vários estabelecimentos comerciais. Não sei como é no resto do ano, mas quando fomos em janeiro ela estava iluminada durante à noite e foi um bom passeio, estava bem movimentada e é ótima para quem quer fazer compras. Mas esse não era nosso objetivo: caminhamos cerca de meia hora, nos desviamos um pouco e, logo, começamos a ouvir um barulho de água: era a famosa Fontana di Trevi.

Não tem como descrever a sensação que é. O barulho da água, ainda há distância, já nos avisava do que estava por vir, mas não nos preparou para a emoção de ver aquela estrutura gigantesca, imponente, belíssima. A Fontana di Trevi é a maior fonte da Itália e certamente uma das mais importantes, que já apareceu em vários filmes e é para obrigatória para quem vai à Roma. A tradição manda atirar uma moeda na fonte se quiser voltar para Roma um dia.



Por último, fomos até a Piazza di Spagna, vimos a famosa escadaria e a Fontana della Barcaccia, de Bernini. Como já estava noite, nosso primeiro dia terminou por aqui, mas recomendo para quem começar o roteiro mais cedo se preparar para visitar o Templo de Adriano, Panteão e/ou a Piazza Venezia, que deixamos para outro dia.

2º Dia - Vaticano

Mais um dia de grandes emoções: visitamos o Vaticano! E já aviso que, quem quer aproveitar bastante o país (é um país, né!), tem que reservar um dia inteiro para conhecer o lugar. A ideia era acordar cedo para subir na Cúpula da Basílica de São Pedro e depois visitar os Museus do Vaticano, mas como não conseguimos, chegamos às 11h30 para visitar os Museus do Vaticano e a Capela Sistina.



Para visitar os Museus do Vaticano, há uma fila quilométrica e muito demorada, por isso recomendo comprar o ingresso online para evitar filas e entrar direto. Compramos no próprio site do Vaticano a opção com audioguia e gastamos em torno de vinte e cinco euros. O ingresso dá acesso aos Museus que, na verdade, é um único prédio, mas com várias salas e temáticas de obras diferentes. O ponto alto para mim foi ver A Escola de Atena e, claro a Capela Sistina, com diversos afrescos de pintores renascentistas e os do teto feitos por ninguém menos que Michelângelo.

Saímos por volta das 17h00 dos museus e fomos na Piazza San Pietro, onde ficamos aguardando por um bom tempo a fila para entrar na Basílica de San Pietro. Deslumbrante e ainda pegamos um belíssimo por-do-sol!

3º Dia - Coliseu, Piazza Venezzia, Panteão, Piazza Navona

Nosso terceiro em Roma foi mais que especial: foi o dia em que conheci o Coliseu. Já contei tudo sobre esse passeio fantástico aqui no blog e claro que foi uma das coisas mais impressionantes que vi na vida, mas nesse post vou contar sobre o restante do roteiro, ok? De todo modo, é necessário programar cerca de duas horas para entrar no Coliseu.



O Coliseu fica pertíssimo do Arco de Constantino e do Foro Romano e Palatino, um passeio que, inclusive, é vendido em conjunto com o Coliseu e o ingresso de um, vale para outro. O ideal é visitar esses três lugares no mesmo dia, mas como acordamos tarde (olha a preguiça de novo), vimos o Foro Romano/Palatino só por fora e caminhamos até a Piazza Venezia, outro lugar imperdível.

A Piazza Venezzia é onde fica o Monumento al Vittorio Emanuelle II, esse lugar gigantesco aí da foto que, na verdade, é um edifício que abriga o Museu Central do Ressurgimento e um terraço panorâmico com uma das vistas mais deslumbrantes de Roma. Dá para ver as várias igrejas da cidade, uma área "normal", o foro romano e o Coliseu ao fundo. Há um elevador cujo preço é 10 dólares e leva para uma vista ainda melhor, mas não pagamos e ficamos só na parte gratuita mesmo, de onde tiramos essas fotos.



Depois disso, passamos na frente do Museu Capitolino, voltamos até o Coliseu para pegar o metrô e fomos até o centro, onde vimos o Templo di Adriano e entramos no Panteão. É muito impressionante! É um antigo templo, que hoje funciona como igreja católica, tem uma estrutura impressionante e é a morada final de pessoas como Rafael. Ele fica na Piazza Della Rotonda e abre das 09h às 19h30!



Por fim, fomos na Piazza Navona, onde tinha uma feirinha de natal acontecendo, é rodeada por vários restaurantes legais (jantamos por lá no nosso último dia!) e é onde fica uma das minhas fontes preferidas: a Fontana dei Quattro Fiumi, de Bernini. Nesse dia, voltamos para nossa guest house a pé, passando pela Ponte del Sant'Angelo.

4º Dia - Missa do Papa, Palatino e Foro Romano, Castel Sant'Angelo, Piazza Navona

Nosso último dia em Roma foi 06/01, quando os cristãos comemoram o Dia de Reis. Aproveitamos para fazer algo único no Vaticano: assistir a uma missa do Papa. Eu não sou um exemplo de católica, mas rezo à noite e era muito importante para mim ter essa experiência. Já meu namorado, que é menos religioso que eu, também se sentiu contagiado pelo carisma do Papa e gosto muito de ter ido na missa. Foi um momento incrível e muito especial.



Depois da Missa do Papa e do Ângelus (momento em que o Papa aparece na janelinha), almoçamos perto do Vaticano e fomos 'concluir' o passeio do dia anterior, de modo que passamos a tarde inteira visitando o Foro Romano e o Palatino. É um passeio muito interessante porque são as ruínas da antiga cidade, mas teríamos aproveitado melhor com guia e com um pouco mais de tempo, já que fechava cedo. Já no final da tarde/início da noite, fomos no Castel Sant’Angelo, um verdadeiro castelo próximo do Vaticano, outro passeio interessante para se fazer.

Por fim, na nossa última noite em Roma, jantamos em um dos restaurantes da Piazza Navona e conversamos já com saudades daquela cidade que tanto nos encantou.

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Fico com medo de ser um pouco repetitiva nestas postagens sobre roteiros porque acabo dizendo que todas as cidades são especiais. Bom, é óbvio que todos os lugares que visitei são especiais, porque cada um tem suas peculiaridades e muitos eu fiz questão de incluir na minha primeira viagem para Europa. Mas tenho que reforçar que especialmente Roma tem meu coração. Acabei tendo uma ligação muito forte com a Itália em geral e Roma foi tudo que eu sempre sonhei encontrar. É um lugar incrível, cheio de história, onde em todo canto que se olha há um pouco de arte e magia. Me apaixonei por Roma com esse roteiro, e espero que vocês possam se apaixonar também!

Veneza é uma cidade apaixonante que, apesar dos pontos turísticos icônicos, dispensa roteiro: o ideal é se perder pelas ruelas apertadas, se encantando com os canais e conhecendo novos lugares a cada esquina. Para conhecer a cidade, é necessário apenas um dia, mas quem tem um pouco mais de tempo pode fazer um passeio igualmente interessante: conhecer as ilhas Murano, Burano e Torcello, que ficam ao redor de Veneza.

Como visitar as ilhas Murano, Burano e Torcello

Murano, Burano e Torcello são um conjunto de ilhas que ficam a cerca de uma hora de Veneza, cada qual com sua peculiaridade: Murano é famosa pelos vidros, Burano por suas cores e Torcello...Bom, Torcello não é conhecida nem um pouco conhecida hehe, mas é perto e vale à pena visitar.



Para visitar as ilhas, é possível contratar o passeio com alguma agência que faça esse circuito, mas a minha dica é utilizar o vaporetto, meio de transporte de Veneza. Seria necessário quatro bilhetes para visitar as ilhas, mas como cada um custa 7,50 euros, vale mais à pena comprar o bilhete único de 24 horas que custa 20 euros. Conseguimos nossos passes de cortesia com o próprio serviço de transporte de Veneza, Venezia Única, e é graças a eles que foi possível conhecer esses lugares lindos e compartilhar com vocês!

A primeira parada é por Murano, que fica cerca de trinta minutos de Veneza. Pegamos nosso vaporetto próximo da estação Ferrovia, mas é possível pegar da Piazzalle Roma, San Marco e outros pontos: as linhas que levam até Murano são 42, 3, 41 ou 7. De Murano para Burano, pega-se o vaporetto 12 na estação Faro (o trajeto dura cerca de meia hora) e, para Torcello, a linha T nos leva em 10 minutos. Pode parecer complicado, mas não é: essas ilhas tem no máximo duas estações de trem e são bem pequenas, basta só estudar um pouco o mapa dos vaporettos que é super tranquilo ir sem agência ou guia!

Murano

Murano é uma ilha com pouco mais de 5.600 habitantes e muitos anos de história, provavelmente fundada pelos romanos no século V. Assim como Veneza e as ilhas ao redor, ela também foi construída entre canais, mas a peculiaridade de Murano é que, em 1291, ela era a única cidade onde era permitido o trabalho com vidro nos arredores de Veneza. Desde então, a cidade ficou famosa pela produção de obras feitas em vidro e tem sua fama até hoje.



O que mais chama atenção em Murano, obviamente, são as obras de vidro. Murano possuí várias lojas de vidro e inclusive fábricas muito interessantes de se visitar. Há lojas certificadas pelo governo (que são caríssimas hehe) e lojas de produtos que vieram da China (pois é!), mas também há lojas intermediárias, de pequenos artesões, nos quais é possível ver o pessoal trabalhando nas produções das peças. Vale à pena conhecer Murano para comprar objetos de vidro e aproveitar para conhecer outros pontos turísticos, como a Igreja de Santa Maria e São Donato, Igreja de São Pedro Mártir e Palácio da Mula e Museu do Cristal. Ficamos por volta de uma hora na cidade visitando só lojas e as igrejas.

Burano

Burano, apelidada carinhosamente por mim de Caminito veneziano, foi sem dúvida a ilha que eu mais gostei! Motivo? As casas são lindas e super coloridas! Cada uma tem uma cor diferente - baseada num sistema de cores aprovado pelo governo - e ela tem essa tradição porque é uma cidade que muito dependia da pesca e os pescadores precisavam de algo para diferenciar suas casas na neblina. O resultado é uma ilha super aconchegante, alto astral e bonita, que realmente encanta os turistas!



Além do colorido das casas, Burano também é conhecida por suas belas e elaboradas rendas e seus pontos turísticos principais são o Museu da Renda e a Igreja de San Martino que, vejam só, tem uma torre inclinada! Coisas da Itália. Ah! Fica a dica do restaurante Al Raspo de Ua, não é nada excepcional, mas almoçamos um bom spaguetti al ragu com suco de laranja por apenas nove euros, em um ambiente bem aconchegante.

Torcello

Por fim, fomos à Torcello, uma ilha minúscula (mas minúscula meeeesmo) fundada em 452 e que um dia foi um importante centro comercial, mas hoje conta com dezesseis habitantes (sério, tá na Wikipedia italiana hueihei) e devo ter encontrado cerca de três turistas por lá. Muitos descrevem Torcello como uma ilha calma e bucólica e é isso mesmo, Torcello parece uma cidade abandonada que parou no tempo. As poucas coisas que tem lá (uma Igreja, um sobrado...) têm um aspecto antigo e medieval, digno de seriado mesmo.



Os pontos turísticos por lá são o trono de Atilla, o museu de Torcello, a igreja de Santa Fosca (século XIV), a catedral de Santa Maria Assunta (século VII) e a Ponte del Diablo, que tem esse nome por causa da ausência de corrimão e facilidade de cair. Fora deste trajeto, há muita natureza e imagino que uma ou duas fazendas.



Conhecer as ilhas ao redor de Veneza é uma ótima dica para quem tem mais de um dia na cidade e quer conhecer lugares diferentes, sobretudo porque cada ilha tem sua peculiaridade e é especial a sua maneira. Considerando os deslocamentos, esse passeio pode ser feito em seis horas, mas é recomendado reservar um dia inteiro para aproveitar bem e entrar nos pontos turísticos indicados. Espero que tenham gostado da dica!